- Doenças orificiais
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Por Dra. Ana Carolina P. de Sousa
Muitas pessoas me perguntam como tratar hemorroida sem cirurgia e se realmente é uma opção eficaz de tratamento.
É importante saber que há, sim, uma alternativa não cirúrgica para tratar a doença.
No entanto, ela não serve para todos os casos.
Neste artigo, eu explico sobre a ligadura elástica, um procedimento minimamente invasivo que pode ser feito em consultório, ou seja, sem a necessidade de internação hospitalar.
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Como saber se é possível tratar hemorroida sem cirurgia?
Se você sofre com as hemorroidas e está em busca de um tratamento menos invasivo, é preciso saber que a ligadura elástica é indicada apenas para pacientes com hemorroidas internas de grau 1 e 2.
- Grau 1: Localizadas no interior do ânus com ligeiro aumento das veias
- Grau 2: Saem do ânus durante a evacuação e retornam sozinhas.
Isto é, a ligadura elástica serve para os casos mais simples da doença.
Vale ressaltar ainda que, mesmo para hemorroidas de graus 2, dependendo do quadro apresentado, a ligadura elástica pode não ser recomendada.
Para os graus 3 e 4, a cirurgia costuma ser a opção mais indicada.
O que é ligadura elástica?
A ligadura elástica é um procedimento não cirúrgico minimamente invasivo para o tratamento de hemorroidas.
Ou seja, é uma opção que não precisa de internação hospitalar e provoca menos danos ao paciente.
A técnica consiste em interromper o fluxo sanguíneo arterial do tecido hemorroidário e, com isso, solucionar o problema.
Como o procedimento é realizado?
O procedimento é feito com a ajuda de uma pinça de ligadura elástica.
Essa pinça possui, em sua extremidade, um bocal que comporta um elástico.
A pinça é introduzida no canal anal até que a hemorroida se posicione dentro do bocal do equipamento.
Após posicionada, a pinça dispara o elástico, que estrangula a hemorroida.
Depois de 2 a 3 dias, a hemorroida cai.
Quais os benefícios da ligadura elástica?
A ligadura elástica é um procedimento feito em consultório, indolor e sem a necessidade de anestesia.
É muito mais simples do que os procedimentos cirúrgicos e bastante efetivo para as hemorroidas de graus 1 e 2.
Cirurgias minimamente invasivas para hemorroidas
Para quem tem hemorroidas de graus 3 e 4, ou até hemorroidas de graus 2 com sintomas bastante intensos, a cirurgia pode ser a alternativa mais recomendada para tratar o problema.
Hoje em dia, os procedimentos cirúrgicos para o tratamento de hemorroidas são muito modernos.
Há diversas técnicas minimamente invasivas, que permitem ao paciente menos dor no pós-operatório e rápida recuperação.
A seguir, destaco três técnicas de cirurgia que costumo realizar em meus pacientes:
Hemorroidectomia convencional
É feita através de uma incisão no tecido hemorroidário que se estende até o limite superior das hemorroidas. Pode ser realizada a técnica aberta (Milligan-Morgan) e a técnica fechada (Ferguson). A técnica fechada de Ferguson possibilita melhor resultado estético e mais conforto para o paciente.
Desarterialização hemorroidária
É uma técnica cirúrgica minimamente invasiva para o tratamento de hemorroidas graus 2 e 3, podendo servir para casos de grau 4. Feito com a ajuda de um Doppler, que localiza o fluxo da artéria hemorroidária e permite sua ligadura, é um procedimento sem cortes para o tratamento da doença de hemorroidária. A vantagem dessa técnica é não ser realizado corte, por isso ela também é conhecida como “cirurgia de hemorroida sem corte”.
O procedimento permite menos dor no pós-operatório e rápida recuperação.
Hemorroidopexia por grampeamento
Conhecida como PPH, essa técnica minimamente invasiva utiliza um grampeador cirúrgico especial que realiza a pexia dos mamilos hemorroidários. Ela serve para o tratamento de prolapso hemorroidário (hemorroidas de graus 3 e 4) e possibilita menos dor no pós-operatório e rápida recuperação.
Conclusão
Como vimos neste artigo, há como tratar hemorroida sem cirurgia. Para os casos de graus 1 e 2, a ligadura elástica pode ser uma excelente técnica.
Para saber se o procedimento se aplica a você, agende uma consulta com a Dra. Ana Carolina Pereira de Sousa.