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A pandemia do novo coronavírus é um problema que afeta toda a população.

E, agora com a chegada das vacinas, muitas dúvidas surgem a respeito da imunização em pessoas com condições crônicas, como os pacientes com Doenças Inflamatórias Intestinais (DII).

Para desmistificar algumas ideias e tranquilizar os pacientes e seus familiares, preparei um artigo com as principais informações sobre a vacinação contra a COVID-19.

Confira a seguir!

Primeiramente, o que são as Doenças Inflamatórias Intestinais (DII)?

As Doenças Inflamatórias Intestinais, também conhecidas pela sigla DII, são condições crônicas que provocam inflamação no intestino.

Nos casos mais leves, os pacientes costumam apresentar dores abdominais e alteração do hábito intestinal.

Já nos quadros mais graves, alguns dos sintomas são dores intensas, sangramentos retais, perda de peso, alterações no apetite, febre, náuseas e vômitos.

As Doenças Inflamatórias Intestinais mais comuns são:

  • Doença de Crohnpode acometer todo o trato gastrointestinal, desde a boca até o ânus.
  • Colite ulcerativa: ocorre na mucosa do intestino grosso (cólon) e do reto.

Principais esclarecimentos sobre a vacina contra a COVID-19 em pacientes com Doenças Inflamatórias Intestinais (DII)

Agora que as Doenças Inflamatórias Intestinais foram abordadas, podemos avançar e conhecer os principais esclarecimentos sobre a vacina contra a COVID-19 para os pacientes com DII.

Confira a seguir os tópicos mais importantes do posicionamento emitido pelo Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil – GEDIIB.

A vacina traz riscos para pacientes com DII?

Não há evidências de que as vacinas contra a COVID-19, aprovadas até o momento, provoquem algum tipo de risco para os pacientes com Doenças Inflamatórias Intestinais (DII). 

Além disso, pacientes com DII estão habituados a tomar outras vacinas com perfis de segurança semelhantes, como a da gripe – o que dá mais tranquilidade quanto à ausência de riscos. 

Qual é a eficácia da vacina para quem tem DII?

O uso de medicamentos imunossupressores pode alterar a eficácia de algumas vacinas.

No caso da imunização contra o coronavírus, o grupo de pacientes com Doenças Inflamatórias Intestinais não foi incluído nos testes.

Por essa razão, não há como afirmar o percentual de eficácia.

Ainda assim, mesmo que os imunossupressores afetem a resposta, a projeção é de que as taxas sejam mais altas.  

O tratamento biológico ou de imunossupressão deve ser adiado ou suspenso?

Pacientes que fazem uso de agentes biológicos ou de imunossupressão não devem interromper o tratamento.

A única recomendação é evitar que a infusão/dose subcutânea seja feita no mesmo dia da aplicação da vacina contra a COVID-19. 

Essa orientação tem o objetivo de auxiliar no diagnóstico caso o paciente apresente alguma reação adversa. 

Afinal, a vacina é recomendada para pacientes com Doenças Inflamatórias Intestinais (DII)?

A vacina é o único método eficaz para combater o vírus que assola o mundo todo.

E o posicionamento do GEDIIB é bem claro quanto à vacinação contra a COVID-19 para pacientes com Doenças Inflamatórias Intestinais (DII):

“(…) À luz das evidências atuais, apoiamos fortemente a recomendação de vacinar todos os pacientes com DII contra a SARS-CoV2, independentemente do seu tratamento atual.”

Conclusão

Como vimos, portanto, a vacinação contra a COVID-19 não traz riscos para os pacientes com Doenças Inflamatórias Intestinais (DII).

Sendo assim, não há razões para temer a imunização.

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