Com mais de 150 mil casos por ano no Brasil, a fissura anal é um problema muito comum que causa dor importante ao evacuar e sangramento.

O diagnóstico da doença é feito por meio de exame físico, realizado no próprio consultório pelo médico coloproctologista.

No entanto, algumas vezes, também é necessária a realização de exames complementares, como a manometria anorretal,  responsável pela medição das pressões dos músculos do esfíncter anal.

Neste artigo, eu explico o que é a fissura anal, quais são as principais causas e os tratamentos que podem ser feitos para solucionar o problema.

Acompanhe comigo!

O que é fissura anal?

A fissura anal é caracterizada por uma ferida na região anal, mais especificamente no revestimento do ânus, ou seja, na extremidade pela qual as fezes são eliminadas.

A fissura anal pode ser aguda (quando o problema é recente e causa dor intensa e dificuldade para defecar) ou crônica (nos casos em que o paciente se queixa de dor por longas semanas).

Quais são os sintomas da fissura anal?

Os principais sintomas da fissura anal são dor importante ao evacuar e sangramento.

Na forma aguda da doença, o paciente pode perceber a fissura por uma sensação de corte na borda do ânus.

A dor que isso causa pode fazer com que haja uma contração exacerbada do músculo esfíncter anal.

À medida que essa situação persiste e a cicatrização não acontece, a fissura anal pode se tornar crônica.

Nesse estado da doença, o paciente pode sentir ainda mais dor e sangramento do que no início do problema.

Principais causas da fissura anal

A fissura anal costuma ser causada pelo esforço durante a evacuação.

Normalmente, esse esforço acontece quando as fezes são volumosas e estão secas e endurecidas.

O problema é mais recorrente em pessoas que evacuam com maior frequência e em pacientes que foram submetidos a cirurgias na região anal.

Além do esforço para evacuar, a fissura anal também pode ocorrer após a prática de sexo anal.

Como tratar a fissura anal

O tratamento mais indicado para a fissura anal vai depender da análise realizada pelo médico coloprocologista.

A cura pode acontecer através de tratamento clínico ou cirúrgico.

Tratamento clínico

Dependendo da condição apresentada, a abordagem clínica pode ser simples, com medidas de higiene e dietéticas para a melhora do hábito intestinal.

Também podem ser indicados medicamentos de uso oral ou tópico.

Tratamento cirúrgico

Em casos mais complicados, a alternativa recomendada é a cirurgia.
As principais técnicas convencionais são a fissurectomia e a esfincterotomia.

Na fissurectomia, é feita a retirada do tecido comprometido e também da cicatriz que se forma ao redor da fissura.

Já na esfincterotomia, é realizado um pequeno corte que divide parte do músculo interno do canal anal.

Há também as cirurgias minimamente invasivas, como a cirurgia com laser de CO2, que serve para ressecar a fissura e estimular a cicatrização e a produção de colágeno local.

Vale acrescentar que também podem ser aplicadas substâncias em conjunto com a cirurgia ou no consultório médico para relaxar o esfíncter anal interno.

Conclusão

Como vimos, a fissura anal costuma acontecer quando o paciente faz muito esforço para eliminar fezes ressecadas.

Por isso, a melhor forma de prevenir o aparecimento da fissura anal é fazer alterações na rotina alimentar, incluindo a ingestão de fibras e líquidos.

Exercícios também podem ajudar a regular o movimento intestinal.

Uma vez que o problema já surgiu, a recomendação é procurar ajuda especializada.

Somente um profissional poderá avaliar o caso e indicar a melhor opção de tratamento.

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