
- Doenças inflamatórias intestinais
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Por Dra. Ana Carolina P. de Sousa
Você já ouviu falar em Doença de Crohn?
Embora não seja tão conhecida quanto outros problemas intestinais, a doença é bastante comum e atinge cerca de 150 mil brasileiros por ano.
A Doença de Crohn não tem cura. No entanto, existem abordagens terapêuticas que ajudam a minimizar os sintomas e retardar a progressão da doença.
Veja, a seguir, as características da moléstia e conheça as principais formas de tratamento.
Doença de Crohn: o que é?
A Doença de Crohn é uma doença inflamatória intestinal crônica, de origem desconhecida, que atinge, principalmente, indivíduos entre 15 e 35 anos.
Apesar do problema ser mais frequente na parte inferior do intestino delgado (íleo) e intestino grosso (colo), ele pode acometer todo o trato gastrointestinal, desde a boca até o ânus.
Uma curiosidade: a doença leva o nome Crohn, do médico Burril B. Crohn, um dos três autores do primeiro artigo que descreveram a moléstia.
Quais são os principais sintomas?
Os sintomas são variáveis e dependem da evolução do problema.
Além da origem desconhecida, o comportamento da doença também é incerto.
Dessa forma, é difícil classificar os estágios.
De modo geral, os principais sintomas apresentados são:
- Dor abdominal
- Diarréia
- Constipação
- Perda de peso
- Alterações no apetite
- Febre
- Náuseas e vômitos
- Quadro de anemia
- Dores articulares
- Drenagem de secreção pelo ânus (abscessos e fístulas)
- Fissuras anais
E o tratamento? Quais abordagens são recomendadas?
O tratamento medicamentoso deve ser sempre a primeira opção, exceto em casos que necessitem de cirurgia de urgência.
Vale destacar que a cirurgia não é um procedimento que visa a cura.
Ela só é indicada para minimizar os efeitos em quadros graves, que não respondem a outros métodos de maneira eficaz.
Como é realizado o diagnóstico da Doença de Crohn?
A Doença de Crohn tem características muito semelhantes à colite ulcerativa.
A principal diferença entre elas é que, enquanto a colite afeta a mucosa do cólon, a Doença de Crohn atinge todas as camadas.
Dessa forma, para chegar ao diagnóstico correto, é importante que exista uma investigação.
Isso inclui a realização de exames clínicos e avaliação do histórico do paciente, em associação a exames complementares.
Além de exames laboratoriais, como análise sanguínea, podem ser solicitados exames de imagens.
Entre eles: endoscopia, colonoscopia, ressonância magnética, tomografia computadorizada, enterotomografia, enterorressonância, cápsula endoscópica, trânsito de intestino delgado e enema opaco.
Conclusão
Como você viu no artigo, a Doença de Crohn é crônica.
Ou seja, não tem cura, e pode acompanhar o paciente por muitos anos.
Portanto, para que o indivíduo portador da doença tenha qualidade de vida, o tratamento consiste em aliviar as dores e outros desconfortos.
Além, claro, de tentar impedir o avanço do quadro.
É importante que o paciente com Doença de Crohn seja acompanhado por um coloproctologista.
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