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Antes de tudo, vamos esclarecer uma dúvida: coloproctologia e proctologia são termos que se referem à mesma especialidade.

O prefixo colo foi incluído para designar um dos órgãos de estudo e cuidado desse campo da medicina: o intestino grosso.

Portanto, embora coloproctologia seja mais atual e adequado, o uso do nome proctologia também é aceitável.

Depois de toda essa apresentação, podemos, finalmente, entrar no assunto do artigo.

Afinal, o que é coloproctologia?

A coloproctologia é uma área médica que estuda o intestino grosso, reto e ânus, e trata de doenças e distúrbios relacionados a esses órgãos.

O médico que exerce essa especialidade é chamado de coloproctologista.

Para atuar nessa área, além da formação em medicina, o profissional deve cursar uma especialização em coloproctologia, com duração de 2 anos.

É necessário ainda fazer residência em cirurgia. Isso porque o médico coloproctologista também é cirurgião colorretal.

A entidade que regulamenta o exercício da profissão no País é o Conselho Federal de Medicina.

A Sociedade Brasileira de Coloproctologia, por sua vez, realiza a congregação de membros especialistas e contribui com o direcionamento das melhores práticas.

Quais doenças estão relacionadas à coloproctologia?

Pode-se classificar as doenças do sistema digestivo, cuidadas e tratadas pelos coloproctologistas, em quatro categorias:

Doenças inflamatórias do intestino

São doenças intestinais que podem causar inflamação total ou de parte do trato digestivo. As mais comuns são: Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa.

Doenças colorretais

São patologias que afetam o cólon e o reto. Podem ser benignas, como os pólipos e a diverticulite, ou malignas, como o câncer colorretal.

Doenças funcionais

Essas enfermidades atrapalham o funcionamento do sistema digestivo. Constipação, incontinência fecal e a síndrome do intestino irritável são algumas delas.

Doenças orificiais

São problemas localizados, que podem causar dor e incômodo aos pacientes. Entre as doenças estão as hemorroidas, as fístulas e as fissuras anais, além de DSTs.

E os exames? Quais são os mais utilizados pela coloproctologia?

Para realizar um diagnóstico e indicar o tratamento mais adequado ao paciente, o coloproctologista deve fazer o exame clínico e a avaliação do histórico. Dependendo de diversos fatores, sobretudo dos sintomas apresentados, o especialista pode solicitar exames complementares. Os mais comuns são:

Toque retal 

Tem como objetivo avaliar e identificar problemas no reto e ânus. É realizado no próprio consultório com o paciente deitado de lado na maca. Embora seja um procedimento simples, é um dos mais importantes, e tem papel fundamental na prevenção de doenças graves, como o câncer colorretal.

Anuscopia

Assim como o toque do reto, esse exame também é realizado no consultório, com o paciente deitado. No entanto, o procedimento conta com o auxílio do anuscópio, um tubo curto que é introduzido para examinar o canal anal.

Retossigmoidoscopia

Um exame endoscópico, minimamente invasivo, que pode ser indicado para avaliar o reto e o ânus, além do cólon sigmoide, que faz parte do intestino grosso. A retossigmoidoscopia é um exame de imagem feito por aparelho. Normalmente, precisa ser agendado em clínicas diagnósticas.

Colonoscopia

É também um exame endoscópico, que permite avaliar o intestino grosso e o reto. Tem valor significativo na identificação de nódulos e tumores, bem como na prevenção e acompanhamento do câncer colorretal e do intestino.

Conclusão

Você viu, portanto, que a coloproctologia é a especialidade responsável pelos cuidados do intestino grosso, ânus e reto.

Todos os sintomas que possam estar relacionados a esses órgãos, como dores, desconfortos, coceiras e ardência, merecem atenção.

Se você identificou um ou mais desses indícios ou se já foi diagnosticado com alguma das moléstias citadas, é fundamental contar com a avaliação e acompanhamento de um médico coloproctologista.

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