
- Coloproctologia
-
Por Dra. Ana Carolina P. de Sousa
Antes de tudo, vamos esclarecer uma dúvida: coloproctologia e proctologia são termos que se referem à mesma especialidade.
O prefixo colo foi incluído para designar um dos órgãos de estudo e cuidado desse campo da medicina: o intestino grosso.
Portanto, embora coloproctologia seja mais atual e adequado, o uso do nome proctologia também é aceitável.
Depois de toda essa apresentação, podemos, finalmente, entrar no assunto do artigo.
Afinal, o que é coloproctologia?
A coloproctologia é uma área médica que estuda o intestino grosso, reto e ânus, e trata de doenças e distúrbios relacionados a esses órgãos.
O médico que exerce essa especialidade é chamado de coloproctologista.
Para atuar nessa área, além da formação em medicina, o profissional deve cursar uma especialização em coloproctologia, com duração de 2 anos.
É necessário ainda fazer residência em cirurgia. Isso porque o médico coloproctologista também é cirurgião colorretal.
A entidade que regulamenta o exercício da profissão no País é o Conselho Federal de Medicina.
A Sociedade Brasileira de Coloproctologia, por sua vez, realiza a congregação de membros especialistas e contribui com o direcionamento das melhores práticas.
Quais doenças estão relacionadas à coloproctologia?
Pode-se classificar as doenças do sistema digestivo, cuidadas e tratadas pelos coloproctologistas, em quatro categorias:
Doenças inflamatórias do intestino
São doenças intestinais que podem causar inflamação total ou de parte do trato digestivo. As mais comuns são: Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa.
Doenças colorretais
São patologias que afetam o cólon e o reto. Podem ser benignas, como os pólipos e a diverticulite, ou malignas, como o câncer colorretal.
Doenças funcionais
Essas enfermidades atrapalham o funcionamento do sistema digestivo. Constipação, incontinência fecal e a síndrome do intestino irritável são algumas delas.
Doenças orificiais
São problemas localizados, que podem causar dor e incômodo aos pacientes. Entre as doenças estão as hemorroidas, as fístulas e as fissuras anais, além de DSTs.
E os exames? Quais são os mais utilizados pela coloproctologia?
Para realizar um diagnóstico e indicar o tratamento mais adequado ao paciente, o coloproctologista deve fazer o exame clínico e a avaliação do histórico. Dependendo de diversos fatores, sobretudo dos sintomas apresentados, o especialista pode solicitar exames complementares. Os mais comuns são:
Toque retal
Tem como objetivo avaliar e identificar problemas no reto e ânus. É realizado no próprio consultório com o paciente deitado de lado na maca. Embora seja um procedimento simples, é um dos mais importantes, e tem papel fundamental na prevenção de doenças graves, como o câncer colorretal.
Anuscopia
Assim como o toque do reto, esse exame também é realizado no consultório, com o paciente deitado. No entanto, o procedimento conta com o auxílio do anuscópio, um tubo curto que é introduzido para examinar o canal anal.
Retossigmoidoscopia
Um exame endoscópico, minimamente invasivo, que pode ser indicado para avaliar o reto e o ânus, além do cólon sigmoide, que faz parte do intestino grosso. A retossigmoidoscopia é um exame de imagem feito por aparelho. Normalmente, precisa ser agendado em clínicas diagnósticas.
Colonoscopia
É também um exame endoscópico, que permite avaliar o intestino grosso e o reto. Tem valor significativo na identificação de nódulos e tumores, bem como na prevenção e acompanhamento do câncer colorretal e do intestino.
Conclusão
Você viu, portanto, que a coloproctologia é a especialidade responsável pelos cuidados do intestino grosso, ânus e reto.
Todos os sintomas que possam estar relacionados a esses órgãos, como dores, desconfortos, coceiras e ardência, merecem atenção.
Se você identificou um ou mais desses indícios ou se já foi diagnosticado com alguma das moléstias citadas, é fundamental contar com a avaliação e acompanhamento de um médico coloproctologista.
Entre em contato e agende a sua consulta!