• Cirurgias
  • Por Dra. Ana Carolina P. de Sousa
  • 30 de janeiro de 2022
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A doença hemorroidaria é um problema bastante comum, que afeta metade da população brasileira, segundo a Organização Mundial da Saúde.

É uma doença curável, cujos tratamentos podem variar.

Em alguns casos, a cirurgia é a opção mais indicada.

Existem diversos tipos de cirurgias de hemorroida, incluindo cirurgias minimamente invasivas, como é o caso da técnica hemorroidopexia por grampeamento (mais conhecida como PHP) e da Desarterialização Hemorroidária Transanal (THD).

Neste artigo, vou explicar como essas técnicas funcionam e para quais casos elas são recomendadas.

Mas, antes de começarmos, vale um resumo sobre a doença hemorroidaria .

As hemorroidas são protuberâncias anais causadas pela dilatação das veias do reto e do ânus que ocorrem, principalmente, quando o paciente faz esforço no momento da evacuação.

Elas podem ser internas, ou seja, ficam localizadas no canal anal, ou externas, que se concentram ao redor do ânus.

Além dessa classificação, as hemorroidas também possuem quatro graus:

  • Grau 1: não prolapsam através do ânus (ou seja, não se deslocam da posição natural)
  • Grau 2: prolapsam através do ânus em momentos específicos, como na evacuação, e depois voltam naturalmente à posição original
  • Grau 3: saem do ânus durante a evacuação e necessitam de ajuda para retornar
  • Grau 4: desenvolvem-se dentro do ânus e podem causar prolapso retal (saída de parte do intestino pelo ânus).

Como são realizadas as cirurgias de hemorroidas PHP e THD?

Veja a seguir como funcionam cada uma das técnicas:

Hemorroidopexia por grampeamento (PHP)

Nesta técnica, realiza-se a fixação das hemorroidas em uma posição superior no canal anal e desvascularização dos mamilos hemorroidários através do uso de um grampeador cirúrgico circular especial. 

Desarterialização Hemorroidária Transanal (THD)

Esta cirurgia é guiada por Doppler e consiste na identificação das artérias com hiperfluxo e na costura da artéria que interrompe a circulação de sangue.

Quais são as indicações para cada uma das técnicas cirúrgicas?

O diagnóstico das hemorroidas é feito por meio do exame de anuscopia, realizado no consultório pelo médico coloproctologista.

O especialista pode solicitar outros exames complementares, como pesquisa de sangue oculto nas fezes e colonoscopia.

Dependendo do quadro e do histórico do paciente, a cirurgia de hemorroida pode ser necessária, como no caso de pacientes que não apresentam resultado com outros tipos de tratamento.

Com relação à técnica utilizada, as recomendações seguem os seguintes critérios:

Hemorroidopexia por grampeamento (PHP)

A PPH é uma técnica cirúrgica indicada para casos de prolapso hemorroidário (hemorroidas de 3º e 4º graus). 

Desarterialização Hemorroidária Transanal (THD)

A TDH é uma técnica cirúrgica indicada para o tratamento de hemorroidas de 2º e 3º graus, podendo até servir para casos de 4º grau. 

Quais são os benefícios da cirurgia de hemorroida PHP e da THD?

Tanto a cirurgia hemorroidopexia por grampeamento (PHP) quanto a Desarterialização Hemorroidária Transanal (THD) são cirurgias minimamente invasivas.

Isso significa que o procedimento provoca o mínimo dano à integridade física do paciente.

Por essa razão, diversos benefícios podem ser notados. Entre eles:

Menor incidência de dor

Como a cirurgia PHP não ocasiona feridas externas, a dor após o procedimento tende a ser menor.

Menor possibilidade de retenção urinária

Em cirurgias convencionais, os pacientes costumam apresentar dificuldade para urinar.

Já com as técnicas menos invasivas, a chance disso ocorrer é mínima.

Período pós-operatório mais rápido

O pós-operatório é uma das principais vantagens das cirurgias minimamente invasivas. 

Elas permitem que os pacientes possam retornar mais rápido às atividades habituais.

Conclusão

Neste artigo, vimos duas técnicas minimamente invasivas de cirurgia de hemorroidas: a cirurgia por grampeamento (PPH) e a cirurgia de desarterialização guiada por Doppler (THD).

A escolha da melhor técnica cirúrgica deve ser decidida pelo médico proctologista e pelo paciente, sendo a abordagem individualizada essencial no sucesso do tratamento. 

Agende uma consulta com a Dra. Ana Carolina P. de Sousa para fazer a avaliação adequada!