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Uma pesquisa realizada pela International Stress Management Association (ISMA-BR) revelou que 72% dos brasileiros sofrem de estresse – um dado bastante alarmante.

O estresse está associado ao desenvolvimento de várias enfermidades, inclusive doenças intestinais.

Neste artigo, você vai entender como funciona essa relação e aprender a cuidar melhor do seu intestino.

Continue acompanhando!

Como o estresse impacta na saúde do intestino?

Para entender como o estresse pode impactar na saúde intestinal, é preciso compreender o conceito de microbiota.

A microbiota intestinal é um conjunto de microrganismos que vivem no nosso intestino. 

Esses microrganismos auxiliam em vários processos, como digestão dos alimentos, manutenção da imunidade e até mesmo prevenção de doenças.

O estresse agudo ou crônico pode levar a um desequilíbrio na composição da microbiota.

Em outras palavras, o estresse pode fazer com que haja uma diminuição de microrganismos benéficos e um aumento de microrganismos potencialmente prejudiciais.

Essa condição é chamada de disbiose.

A disbiose pode agravar algumas doenças intestinais.

Principais problemas intestinais relacionados ao estresse

O estresse pode estar relacionado ao agravamento da colite e síndrome do intestino irritável.

A colite é uma inflamação do cólon (intestino grosso), que costuma provocar sintomas como dor abdominal, diarreia, sangramento retal e desconforto.

Já a síndrome do intestino irritável (SII) é um transtorno funcional do trato gastrointestinal caracterizado por uma combinação de sintomas, incluindo dor abdominal, distensão abdominal, constipação e diarreia.

Fatores que agravam o efeito do estresse

Fatores que podem agravar o efeito do estresse incluem:

Alimentação ruim: Uma dieta desequilibrada, em que o indivíduo consome muitos alimentos processados e poucos nutrientes, pode afetar o sistema imunológico e dificultar a capacidade do corpo de lidar com o estresse.

Desidratação: A baixa ingestão de líquidos pode afetar o humor, causando mais irritabilidade, além de provocar cansaço e dificuldades cognitivas.

Consumo de álcool: A sensação de prazer e relaxamento causada pelo álcool é temporária e ilusória. Na verdade, o álcool afeta o equilíbrio químico do cérebro e intensifica os sintomas do estresse. 

Sedentarismo: A ausência de atividade física impede que o corpo libere endorfinas, hormônios que ajudam a reduzir o estresse. Além disso, o sedentarismo pode aumentar a sensação de cansaço e reduzir a disposição mental.

Privação de sono: Sem dormir a quantidade adequada, o indivíduo pode notar piora nos sintomas do estresse, além de problemas relacionados à memória, concentração e humor. 

Uso de medicamentos: Algumas propriedades medicamentosas são capazes de influenciar o sistema nervoso central e agravar o estresse.

O que fazer para prevenir e controlar os problemas?

Uma dieta equilibrada é fundamental para ter uma boa saúde intestinal.

Alguns alimentos têm um papel importante nesse sentido, como as fibras, que são encontradas nos vegetais, grãos integrais e leguminosas.

O consumo de probióticos, como leites fermentados e iogurtes naturais, também pode ajudar, uma vez que auxiliam no equilíbrio da microbiota intestinal.

Assim como se alimentar adequadamente, a ingestão de água é igualmente importante.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, um adulto deve beber 35ml de água por cada quilo do corpo todos os dias.

Além das mudanças na dieta, a prática de atividades físicas também precisa ser inserida na rotina.

Conclusão

Como vimos neste artigo, o estresse pode afetar a microbiota intestinal e levar à disbiose que, por sua vez, é capaz de agravar condições como a colite e a síndrome do intestino irritável.

Para prevenir, é essencial adotar hábitos saudáveis.

Vale ressaltar ainda que cuidar da saúde mental é tão importante quanto zelar pelo bem-estar físico, pois ambos estão intimamente conectados.

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