Diferentemente da fissura anal, a fístula anal não é um problema tão recorrente. Estima-se 1,2 a 2,8 casos por 10.000 pacientes ano, acomete mais homens, com pico de incidência entre 20 e 50 anos de idade.
Para identificar a fístula anal, o médico proctologista realiza um exame clínico e, em alguns casos, pode solicitar exames complementares, como a ressonância magnética de pelve e o ultrassom endoanal.
Neste artigo, eu explico o que é a fístula anal, quais são as principais causas e os tratamentos que podem ser feitos para solucionar o problema.
Acompanhe comigo!
O que é fístula anal?
As fístulas anais são trajetos infeccionados entre o reto e a pele ao redor do ânus.
Geralmente, são causadas após a formação de abscessos perianais, mas também podem ocorrer em pacientes portadores de doença inflamatória intestinal, como a Doença de Crohn.
Quais são os sintomas da fístula anal?
Pacientes que possuem fístulas anais costumam reclamar de dor e drenagem de secreção purulenta pelo ânus.
À medida que a inflamação evolui, a dor fica mais forte e constante, e o pus também tende a aumentar.
Principais causas da fístula anal
A fístula anal pode acontecer em pacientes de ambos os sexos, tendo uma prevalência maior em homens.
Não há razões específicas para que ela ocorra e os fatores de risco que levam ao aparecimento da doença são desconhecidos.
O que se sabe é que o problema surge a partir da obstrução do ducto de saída de pequenas glândulas que existem no oríficio anal.
Essa obstrução no ânus provoca inflamação e infecção no local que, quando não tratada, forma um abscesso com muita secreção purulenta. Após a drenagem do abscesso, pode ocorrer a formação da fístula anal.
Como tratar a fístula anal
Uma vez que a fístula anal é diagnosticada, o tratamento clínico já não é mais eficaz para solucionar o problema.
Sendo assim, a abordagem recomendada é a cirurgia.
Tratamentos cirúrgicos
A definição da melhor técnica cirúrgica deve considerar o trajeto da fístula e a quantidade de musculatura esfincteriana acometida pela doença. Em casos de fístulas mais complexas e que acometam maior quantidade de musculatura, deve se optar preferencialmente por técnicas cirúrgicas menos invasivas que visem preservar os esfincteres anais e evitar a incontinência fecal.
As principais técnicas para correção de fístulas anais são fistulotomia, fistulectomia em dois tempos, cirurgia com Laser Diodo, LIFT, VAAFT, retalho mucoso, cola e plug anal.
Conclusão
Como vimos, não há explicação clara sobre o surgimento da fístula anal.
Sendo assim, os cuidados de prevenção consistem apenas em reduzir as chances de desenvolver infecções.
Uma vez que o problema já surgiu, a abordagem de tratamento é a cirurgia.
Por isso, é fundamental procurar ajuda especializada para obter o diagnóstico adequado e a orientação mais apropriada da técnica cirúrgica a ser realizada, sendo muito importante considerar na escolha terapêutica o tipo de fístula e a quantidade de musculatura acometida.
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